A seguir ao encontro em Goiânia havia feriado e aproveitamos para fazer alguma coisa ali perto. As escolhas não eram muitas e decidimos ir para um hotel-fazenda. Um hotel-fazenda é basicamente uma quinta no meio do nada, transformado em hotel, onde se podem fazer actividades mais rústicas como ordenhar vacas, andar a cavalo, alimentar as galinhas, etc. Já tinha ouvido falar em sitios assim, mas nunca tinha experimentado e decidimos experimentar. Além disso, já me imaginava longe das cidades de pedra, a correr pelos pastos verdes, a fazer festinhas às ovelhas e a curtir a natureza em paz.
A piscina que estava sempre vazia, porque era longe do restaurante (50m!)
Enganei-me redondamente. Um lugar que tinha tudo para ser perfeito, foi estragado pelas pessoas. O pacote ficou barato apesar de incluir todas as refeições e ainda bebidas alcoólicas à descrição. Assim, o sítio tranquilo estava completamente a abarrotar de gente! Familias e familias inteiras, incluindo a avó, o tio-avô, a prima afastada e o periquito. Era gente super ultra barulhenta e que não estava ali pela paz, mas sim para comer! Entre as refeições serviam-se petiscos como salsicha assada, batatas fritas ou tostas mistas e era então verem-se mãos cheias de comida levadas à boca a uma velocidade estonteante. Eu nunca tinha visto tal coisa, só na TV e em programas sobre obesidade! Nós fomos escapando ao pior com uma estrategia bem simples. Havia várias piscinas e uma delas era mais longe do bar/restaurante e estava praticamente vazia. Acreditem ou não as pessoas não se sentavam em volta da piscina, mas estavam todas debaixo do tecto que abrigava o restaurante. Todas juntas, ao molho, de tal maneira que quando um de nós passava por lá ficava surdo...
Toda a gente se empilhava debaixo daquele telhado do canto. A foto foi tirada da piscina "de cima", a que ficava longe do bar.
Além disso a quinta não estava aberta a grandes passeios e não havia prados verdes. As vacas eram trazidas para a porta do recinto das piscinas para quem quisesse ordenhar, pois ai de mim se hei-de andar mais de 20m para ordenhar uma vaca. Era tudo muito forçado e só me senti em contacto com a mãe natureza à noite, quando tinha que espantar as osgas da parede do quarto (parede exterior!) ou matar 5339 mosquitos por noite.
Acho que apesar de tudo foi divertido. Foi como viver no meio da selva, mas em vez de animais ferozes havia pessoas vorazes, esfomeadas e engraçadas, principalmente ao fim do dia depois de beberam cerveja o dia todo.
As fotos claro que são maravilhosas! Nós somos bons fotógrafos e temos paciencia, ou pensam o quê?
Repetir? Não obrigada!
Centopeia
Lagartixas a brincar à beira da piscina.
Jaca, o fruto gigante (pesam 2-3Kg).
Piscina de água natural
Piscina de água quente, ligada a uma sauna.
Mangas, mangas e mais mangas
E por último o super ultra hiper mega fantástico kit e sobrevivência!
Uma vela usada, uma caixa de fósforos e repelente.
Realmente parece um local agradavel, pena a companhia barulhenta. Umm mangas...pena ainda estarem verde! Ainda agora na nossa viagem compramos as ultimas da epoca!
ResponderEliminarEu adoro mangas!!! Não sei como vou sobreviver sem elas quando voltar para a Europa (lá nunca encontrei mangas boas).
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