Nascida e criada em Portugal. Já morei na Polónia, no Brasil, na República Checa e agora é a Suécia que me acolhe.
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Born and raised Portuguese. I have lived in Poland, Brazil, Czech Republic and now I'm in the beautiful Sweden.
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segunda-feira, 11 de março de 2013

Blumenau - Oktoberfest e festa Portuguesa

Numa das noites passadas em Balneário Camboriú fomos a uma festa portuguesa, que há todos os anos. Fui logo desde o início avisada e aconselhada a manter as minhas expectativas baixas porque não era assim tão portuguesa.

O que tinha então a festa de português? 









Matrafonas a dançar


 Sardinha assada, sem cabeça e servida com laranja

 Uma mulher brasileira que pensa que sabe falar sem sotaque brasileiro e que pensa que canta fado, mas que depois mistura tudo com samba (lembro-me também que algumas palavras nos fados que ela cantou estavam erradas e às vezes em vez das palavras fazia só os sons...)

Havia ainda pasteis de bacalhau com pimentos e azeitonas lá dentro. Não há fotos desses porque não quis provar...

A coisa mais portuguesa que encontrei foram os doces: pastéis de nata (não de Belém como eles lhe chamam) e travesseiros de Sintra.

Portuguesa ou não, a festa foi boa e não deixou de ser engraçado ver o que eles pensam de Portugal.


Na noite seguinte fomos até ao Oktoberfest, uma festa tipicamente alemã, numa cidade que eles pensam que é tipicamente alemã: Blumenau (post aqui). Depois de ultrapassar a fila de entrada interminável (2h!!!), entramos no recinto que tinha várias barraquinhas de comida, lojas de recordações da festa e 3 pavilhões grandes com diferentes bandas ao vivo. Um pouco por toda a parte havia as barracas de cerveja, com cervejas diferentes. 

Das cervejas que havia muito poucas eram originalmente alemãs e as que havia era super caras. As restantes eram brasileiras, cujas receitas pertencem a familias de imigrantes alemãos na região. Não sei se as receitas precisaram de ser adaptadas ao país ou se os ingredientes disponíveis são diferentes, mas a verdade é que de cerveja alemã não tinham nada. O sabor era fraco e nem a cerveja preta se safava... Além disso, uma das cervejas que tinha mais barraquinhas espalhadas era de uma marca que se pode encontrar no Brasil inteiro, sendo por isso nada de especial. 

O que eu achei mais engraçado foi que numa festa de cerveja alemã, a cerveja oficial era a Brahma... cerveja brasileira fraquinha e que tal como todas as outras só é boa se for mesmo bem fria.



Sim, eu adoro cerveja alemã e fiquei desiludida com o que encontrei no maior festival alemão no Brasil.
Mas não foi por isso que me diverti menos. Havia imensa gente vestida com trajes típicos alemães (ditam as regras que quem for trajado a rigor não paga entrada), as bandas ao vivo faziam bons covers de rock internacional e alemão, de vez em quando cantava-se uma canção alemã para se brindar e beber, e as salsichas eram boas! Valeu muito a pena pela experiência! 
No entanto, se eu pudesse ir outra vez ia num dia de semana, porque aos fins de semana não se cabe em lado nenhum, não há mesas disponíveis para se sentar e beber mais à vontade e há filas para tudo (imaginem a fila da casa de banho, com o pessoal todo a beber cerveja...).

 O J. que comprou um canecão para beber a sua cerveja!

Eu com um dos cachorros quentes de salsicha alemã que comi (sim provei vários com diferentes salsichas).

Qual a conclusão desta experiência? Vão e divirtam-se, mas se conhecem a Alemanha verdadeira, não levem grandes expectativas. O mais engraçado para mim é morar no Brasil há anos e encontrar uma festa com tanta tradição alemã, tão longe da Alemanha, depois de ter morado anos a poucos quilómetros deste país.

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